Acordámos cedo para não perdermos nada do nosso dia, que seria bem mais curto do que o primeiro e que nos levou de Pedrógão Grande até Góis e até à Lousã. A chuva parecia ter-se levantado connosco já que o dia piorara em relação ao anterior.
Começámos a fazer contas a tudo o que havíamos planeado para esse dia e se teríamos que reformular de alguma forma, mas quem viaja arrisca e decidimos deixar tudo como inicialmente planeáramos.
Da Lousã seguimos em direção a Vila Nova de Poiares, orgulhosamente a capital universal da Chanfana. Dizem que esta vila teve a sua origem numa albergaria, mandada construir pela esposa do rei D. Sancho I, de seu nome Albergaria de Poiares. Foi, em 1905, elevada a vila.
Os Moinhos de Gavinhos
Com a chuva a intensificar-se, continuámos o nosso caminho até Penacova, por onde também o rei D. Sancho I passou. A Estrada Nacional 2 levou-nos até aos Moinhos de Gavinhos, um conjunto de 14 moinhos que, no topo da serra, aguardam o vento.
A vista aqui é fabulosa e talvez por isso é que nos apontaram logo para este local. Por entre os moinhos, destaca-se uma gigante imagem do Imaculado Coração de Maria que serve de miradouro. Faça um desvio até cá, valerá sempre a pena.
Em dias de chuva não convém estarmos em campo aberto a não ser que queiramos levar de recordação uma bonita constipação. Por isso, fomos até ao centro da Vila de Penacova para nos refugiarmos da chuva num café, aguardando que o tempo nos permitisse continuar viagem. Distraímo-nos com os doces regionais de Penacova até que chegou a hora de nos deliciarmos com outro tipo de iguarias.
Com o tempo a não dar descanso, decidimos que o melhor era mesmo seguir o conselho do cantor José Afonso e embalar as trouxas e zarpar de regresso ao Porto. Na bagagem já levamos uma quarta etapa pronta a arrancar.
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