Pernoitar em Viseu, ou simplesmente por lá passar, será sempre um gosto. A menina das Beiras é uma aula de história a céu aberto e os seus habitantes recebem-nos sempre de coração aberto.
A história que Viseu nos dá a conhecer
Viseu fica localizada no coração do Centro de Portugal e sofreu por várias vezes a investida dos romanos para a tentarem conquistar. Mas por aqui vivia o povo Lusitano, comandados por Viriato, que com toda a bravura defenderam a cidade das invasões. Por isso, não será de estranhar que por aqui encontrem uma estátua dedicada a Viriato e o doce tradicional ter o mesmo nome. Ainda sobre este bravo lusitano encontrará a Cava de Viriato, uma antiga fortificação de formato octogonal, com cerca de 30 hectares.
A viagem não podia prosseguir sem visitarmos a Sé de Viseu, que no topo da cidade se destaca com os seus imponentes campanários. Construída durante o século XII, nela podemos encontrar vários estilos arquitetónicos. Mesmo ao lado encontramos o conhecido Museu Nacional Grão Vasco, que abriga algumas das obras mais importantes de vários pintores portugueses.
De Viriato à Pena
Olhámos para o mapa para traçar o próximo destino. Tínhamos como meta Castro Daire, mas estávamos tentados a fazer uma breve paragem no concelho vizinho: S. Pedro do Sul. O que nos levaria a sair da nossa histórica Estrada Nacional 2? Uma candidata às 7 Maravilhas de Portugal: a Aldeia da Pena.
Decidimos abraçar a aventura de descer à Pena, não sem antes aproveitarmos o melhor que as paisagens da Serra de São Macário têm para nos oferecer. Confortavelmente alojada no fundo da serra e rodeada por montanhas, encontrámos a quase temporalmente intacta Aldeia da Pena.
Chegar à Pena é perdermo-nos no tempo. As casas mantiveram a estrutura típica, com o xisto e a ardósia a intensificarem a magia da pequena aldeia que, meia camuflada com a natureza, sobrevive num vale.
A hora de almoço
Com a chuva a intensificar-se e a fome também, deixámos que a Adega Típica da Pena nos consolasse o estômago, com algumas iguarias da gastronomia local: o presunto, o queijo da serra, e os enchidos. Aconselhados pela Mariana e pela Margarida, filhas do Sr. Alfredo Brito, dono da pequena adega tradicional, provámos o bolo de medronho, numa descoberta surpreendente. Aqui poderá encontrar várias recordações da pequena aldeia, como miniaturas das casas de xisto ou os licores por lá produzidos. Se for fã de mel, suba a rua e encontre o único apicultor da Pena.
Com o tempo a escassear rapidamente mantemos a promessa de retomarmos o caminho em direção àquela que será a nossa última etapa desta missão.
Aproveite para recordar o primeiro dia da Etapa 4 da nossa aventura.
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