Alguma vez olhou para um mapa de Portugal e assinalou, mentalmente, todos os locais por onde já teve o privilégio de passar? A Estrada Nacional 2 rasga Portugal de uma ponta à outra. Os seus 35 concelhos aguardam por si com inúmeros locais prontos a serem conhecidos e a darem-lhe uma perspetiva bem diferente do nosso país. Chegou a hora de partir à aventura.
Luso: uma vila de palacetes
Pode enganar os mais distraídos ao assemelhar-se a Sintra, mas os seus palacetes têm um caráter bem próprio e as suas águas há muito que conquistaram a sua fama: decidimos que Luso merecia a nossa passagem pela sua vila e depois de um pequeno almoço reforçado numa das suas pastelarias, bem aconselhada por uma local, seguimos para um destino bem perto dali: a Mata Nacional do Bussaco.
Sabíamos que nenhum dos nossos exploradores, os convidados da Etapa 4, alguma vez tinha por lá passado e por isso queríamos que eles conhecessem o cenário que os esperava. Não demorou muito até que o Nato, o Daniel, o Ruben e o Fábio se apaixonassem por aquele local.
A Mata Nacional do Bussaco torna-se ainda mais mágica nesta altura do ano. A névoa constantemente presente, dá-lhe ainda mais encanto, por onde as copas das árvores centenárias teimam em triunfar e em cada esquina nos perdemos no verde das duas “florestas”. Mas a grande estrela fica muito perto da entrada, com as boas vindas dadas pela Porta da Rainha: o Palace Hotel do Buçaco.
Este edifício, criado por D. Carlos I em 1888, com o objetivo de ser nada mais do que um pavilhão de caça, teve como inspiração os Descobrimentos Portugueses. Aqui encontramos um elaborado edifício, de estilo neomanuelino, decorado com inúmeros painéis de azulejos e vários quadros que não deixam esquecer os Descobrimentos. Rodeando o edifício, encontramos um belíssimo jardim e lago, onde os cisnes parecem não ver o tempo passar.
Santa Comba Dão: a pequena cidade beirã
A Estrada Nacional 2 atravessa esta cidade e foi aqui que demos oficialmente início à nossa etapa. Chegámos quase ao final da hora de almoço, sem quaisquer referências de por onde poderíamos almoçar. Mas se houve algo que a rota da N2 nos ensinou, foi que não há nada como pedir ajuda a um local. E Santa Comba Dão não nos falhou: a descansar numa esplanada junto à via principal, descobrimos um grupo de santa-combenses, que prontamente nos apontaram o restaurante “Cova Funda”, onde a simpática equipa ainda nos atendeu com toda a disposição.
O nosso próximo destino deveria ser Tondela, mas como autênticos caçadores de pores do sol, e para tentar saborear o que ainda restava do sol, desviamos o nosso caminho até ao no topo de uma montanha que nos diz muito: o Caramulo. S. Pedro, acompanhou-nos ao longo de toda a viagem, dando-nos algumas folgas que nos enchiam de esperanças de um dia que fosse menos cinzento. Mas foi no Caramulinho que percebemos que sol já não haveria naquele dia e por isso nada mais nos restava do que partir para o último local do dia: Viseu.
Não perca o segundo dia da nossa penúltima etapa.
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