Abrantes, ao acordar, é lindíssima. A Anita, sempre atenta aos pormenores, reparou que graças ao rio Tejo, onde esta cidade nas suas margens se situa, nos daria uma manhã de nevoeiro cerrado. Para a maioria das pessoas é natural que isto não lhes diga nada e só puxe ainda mais aos lençóis. Mas aí reside a diferença nos nossos convidados: a natureza chama quando uma boa fotografia espreita.
Dar asas à imaginação… no nevoeiro
O relógio mal batia as sete da manhã quando saímos do hotel. Aguardava-nos o Aquapolis, um espaço que enquadra desporto e áreas de lazer nas margens do Tejo. Aqui, vislumbrámos uma ponte férrea, que dá vida ao rio e que nos atraiu desde a nossa chegada à cidade. Quando chegámos, a combinação parecia perfeita: o nevoeiro com a ponte a espreitar por entre ele, destacavam os carros selecionados para esta etapa: o Honda Civic e o Honda HR-V.
Estivemos cerca de duas horas a fotografar nesta zona, até que decidimos que era hora de um pequeno-almoço reforçado, de modo a delinearmos bem os planos para esse dia, já que seria bem curto quando comparado com o anterior e pela frente ainda tínhamos três cidades e um sem fim de pontos de interesse.
Rumámos em direção ao Sardoal e escolhemos o próximo ponto de visita: o Centro Geodésico de Portugal.
Encontrar o centro da Estrada Nacional 2
O Picoto da Melriça, marca o ponto central de Portugal Continental, mas também o ponto central da nossa Estrada Nacional 2. Aqui não interessa se saíram de Chaves ou de Faro, pois estarão exatamente à mesma distância um do outro.
Situado em pleno coração da Serra da Lousã, este marco dá-nos a conhecer uma fabulosa vista sobre as montanhas e dizem que, quando o céu está limpo, podemos ter um vislumbre da Serra da Estrela, situada a mais de 100 Km de distância. Tivemos ainda tempo para provar o bolo de batata doce oferecido por uma comerciante de rua, que entre os muitos acessórios vai vendendo merchandise da Estrada Nacional 2.
Como a chuva começou a ameaçar a nossa viagem, não quisemos gastar mais do nosso tempo sem antes partirmos à descoberta do Penedo Furado. Sabíamos que aqui as paisagens seriam se cortar a respiração, mas nenhum de nós estava preparado para aquilo que encontrámos.
Das cascatas naturais aos sabores da Sertã
Entre as várias figuras colocadas no topo dos pequenos miradouros, deixamo-nos perder pela tentação de procurar o som da água a correr. Não demora muito a descida até às mesmas, num caminho natural talhado pelos inúmeros visitantes que procuram as bonitas cascatas.
Aí descobrimos a entrada para os passadiços que têm feito as delícias de todos os que passam por Vila de Rei. São mais de 532 metros que ligam a praia fluvial do Penedo Furado às suas cascatas, onde encontramos com facilidade as mesmas.
Por aqui houve tempo para lançarmos os drones e assim conseguir imagens panorâmicas sobre as maravilhas que íamos encontrando.
A hora do almoço chegava e pela frente ainda tínhamos uma viagem de duas horas até Lisboa, pelo que corremos até à cidade da Sertã, conhecida pelo seu artesanato tradicional e deixámo-nos que nos conquistasse pelo estômago e nada melhor do que o restaurante Ponte Velha para o fazer.
A hora de nos despedirmos de uma nova etapa havia chegado, mas a satisfação era geral. De Montargil à Sertã tivemos a oportunidade de descobrir paisagens fascinantes, pessoas que nos conquistaram das mais variadas formas e travámos amizades numa viagem que, temos a certeza, ficará na memória de todos os que participaram nela. Agora? Agora aguardamos ansiosamente a terceira etapa, para continuarmos a mostrar o melhor do interior de Portugal.
Não se esqueça de acompanhar as nossas aventuras desde o primeiro dia.
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