Simplicidade, fiabilidade e performance. Foi na base destes três princípios que nasceu o JDM. Um acrónimo que serviu para denominar os automóveis oriundos do mercado japonês (Japonese Domestic Market), e que hoje significa muito mais do que isso.
Neste artigo vamos recuar até às origens deste movimento. Vamos conhecer o automóvel que é responsável pelo culto JDM. Vamos derrubar preconceitos e falar de algo que nos une: a paixão pelos automóveis. Está preparado? O primeiro capítulo leva-nos até ao Circuito de Suzuka. Aperte o cinto, vamos para a pista.
Nascido nas pistas. Civic One-Make Race
Contrariamente ao que se possa pensar, o movimento JDM não nasceu nas ruas. Nasceu nas pistas. Mais concretamente no campeonato Civic One-Make Race, uma competição monomarca que juntava os acessíveis, porém competitivos Honda Civic SR (2ª geração).
Da competição para a estrada, foi apenas uma questão de tempo. Depressa os proprietários dos Honda Civic começaram a aplicar nos seus carros os ensinamentos retirados da competição. Um movimento, que começou a ganhar adeptos, baseado nas premissas de fiabilidade e potencialidade dos carros nipónicos.
Kanjosoku: A origem
Um dos movimentos mais conhecidos é o Kanjosoku. Nascido nos anos 80, este grupo de intrépidos aficionados do Honda Civic aplicam nos seus carros tudo o que foi desenvolvido em pista. Oriundos da cidade japonesa de Osaka, o Kanjosoku foi influenciado pelo campeonato Civic One-Make Race, nomeadamente pelas corridas que tinham lugar no Circuito de Suzuka — que dista a pouco mais de uma centena de quilómetros desta cidade. Um grupo que faz das madrugadas nas vias rápidas de Hanshin a sua pista improvisada.
Mais de três década depois, este movimento espalhou-se pelo mundo, influenciando comunidades de amantes automóveis nos quatro cantos do mundo. Uma influência que teve na série televisiva Initial D um excelente aliado. As aventuras de Takumi Fujiwara, um rapaz de 18 anos que aspirava ser o melhor condutor da região de Kantō, fez sonhar milhares de jovens por todo o mundo.
Volvidas mais três décadas desde o surgimento da tribo Kanjo, as expressões do culto JDM ramificaram-se e têm sido moldadas por tribos espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Mas todas mantêm o mesmo denominador comum: a paixão pela engenharia japonesa.
No epicentro dessa paixão encontramos muitas vezes os motores Honda, que tem na sigla VTEC uma das mais reconhecidas tecnologias da indústria automóvel. Uma tecnologia que tem sido sinónimo de eficiência, fiabilidade e vitórias dentro e fora das pistas.
Da competição para a estrada
Como podemos ver, a cultura JDM nasce nas pistas. E tem sido na competição que a Honda tem encontrado o «tubo de ensaio» perfeito para elevar a fasquia da sua engenharia. É assim desde o dia em que Soichiro Honda fundou a marca.
Na cultura corporativa da Honda há uma íntima correlação entre a competição e os carros de produção. Se a marca for capaz de vencer nas pistas tem de ser capaz de oferecer o mesmo nível de excelência aos seus clientes. De inovação em inovação, até ao carro de produção.
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