Todos temos um momento em que pensamos: está na hora de mudar. Para alguns, este momento pode demorar um pouco mais a chegar, mas a necessidade de mudança aparecerá. Nunca tive medo de arriscar, por isso, quando chegou a minha vez de mudar, não pensei duas vezes.
Dos videojogos para a vida real
Por mais que sejam criticados, existem paixões que podem começar nos videojogos. A minha, pelos carros, começou assim: tinha apenas 10 anos e uma PlayStation acabada de estrear. Havia um jogo que tinha a atenção de todos, de seu nome Gran Turismo. Rapidamente conquistou a minha atenção também. Foi o meu primeiro jogo e acabei fascinado pelo carro com o qual jogava. Quem diria que acabaria por ser o meu na vida real.
O início de uma viagem a dois
Em 2014, emigrei para Inglaterra e escolher este país foi simples. As oportunidades pareciam aparecer mais facilmente por lá, o mundo parece ter outra abertura para este país.
Quando decidi que estava na hora de ter um carro, escolhi o meu Honda e chegou até mim diretamente do Japão: um Honda Civic EK9.
Sempre me imaginei a acabar ao volante de um carro desportivo, maior e com mais potência. Foi esse o principal motivo por ter considerado o Honda Civic como o perfeito para mim. Procurei um Honda Civic EK9 lá fora, por ter um diferencial de deslizamento limitado e as versões europeias não o terem de origem, o que muda o comportamento de um carro nas curvas, pormenor que nos dá a sensação de estar a conduzir um carro de competição, sem nunca me fazer esquecer do baixo custo de manutenção.
A viagem, desde logo, estava mais do que destinada a sair dos limites do Reino Unido. A minha vida também. Por isso, voltei a fazer as malas e rumei a um novo país. Tinha duas opções: voltar já para Portugal ou ficar algum tempo mais fora. Como tinha família em França, achei que podia adiar um pouco mais o meu regresso e aventurar-me pela cultura e estilo de vida de um novo país.
Uma “bonne chance” chamada Honda
O primeiro destino foi Paris, mas percebi logo que aquela cidade não era para mim. Então segui para o sul, sempre junto à costa, à procura de trabalho. Demorei três meses até encontrar.
França marcou-me pelas experiências que vivi ao volante do meu Honda Civic EK9. De Nice, a Cannes ou até ao Mónaco, ter podido percorrer a mítica pista urbana, desta última cidade, foi uma sensação inesquecível.
Por norma, não levo muita coisa comigo na hora de viajar. Roupa, computador e pouco mais. Mas sabia o que não iria nunca ficar pelo caminho: o meu Honda. Tenho-o desde maio de 2015 e não penso em deixá-lo. Só entre a viagem da Inglaterra, França e Portugal, foram mais de 10.000 Km. Atualmente, vamos em 45.000 Km juntos e muitos mais quilómetros à espera de serem percorridos.
A hora de regressar a Portugal
Quando regressei a Portugal, trouxe quatro pneus, para o Honda Civic EK9, na mala. Curioso é que, se comprarem os pneus da medida standard, ou seja, que vêm da fábrica, eles cabem os quatro, sem falhas, na bagageira.
Sabem qual é a principal diferença entre os fãs da Honda em Portugal e lá fora? Aqui somos mais apaixonados. Levamos os sonhos e a paixão muito a sério. É isso o que nos torna especiais.
Como a Honda é o poder dos sonhos e me tem acompanhado ao longo dos meus, hoje em dia ajudo as pessoas a conseguirem ter os seus próprios exemplares da marca. Quando legalizei o meu Honda, quis saber mais sobre todo o processo. Agora, aproveito esse conhecimento de homologação de viaturas e ensino como se pode trazer um automóvel no Japão. Através da página NiPpo Motoring Portugal, as pessoas podem informar-se melhor de como importar um Honda do seu país de origem. Mas a verdade é simples: esteja onde estiver, a Honda está preparada para se juntar a si numa viagem.
Samuel Couto
Partilhar