Há três décadas, o “SRS” (Supplemental Restraint System), popularmente conhecido por airbag, era um equipamento reservado a viaturas de luxo.
Nos dias de hoje, e depois de se perceber a sua importância como elemento de proteção, os airbags passaram a ser produzidos em massa. Consequentemente, os preços baixaram e estes passaram rapidamente de um acessório a um equipamento obrigatório.
Como tudo começou
Tudo começou em 1941, com uma experiência muito rudimentar: bexigas cheias de ar. Uma década depois, em 1953, John Hetrick via a sua patente ser registada, a primeira na história do airbag. Após três meses foi a vez do alemão Walter Linderer, que seguiu os passos de Hetrick e registou o seu sistema. Os dois sistemas funcionavam mecanicamente através de ar comprimido, o que não se revelou eficaz, pois a almofada não enchia suficientemente rápido.
A entrada da Honda para a história
Foi em 1975 que a Honda se estreou de forma independente no desenvolvimento do próprio airbag. Um processo complicado e demorado, onde a maior dificuldade foi resolver problemas para os quais se desconhecia a resolução. Isto, levou os técnicos da Honda a consultar peritos em cada uma das áreas problemáticas, para assim arranjarem uma solução eficaz.
O processo foi dividido em duas partes: escolha do tipo de funcionamento e desenvolvimento da tecnologia para obter o melhor tempo de acionamento. Na primeira parte do processo, a escolha estava entre um sistema de indução de ar a partir do exterior ou de um com uma carga de gás. Depois de várias experiências, a equipa liderada por Motohiro Okada, optou por este último. Seguiu-se o seu desenvolvimento, de modo a obter o melhor tempo de acionamento.
Após quatro intensos anos de experiências, a Honda conseguiu que os airbags insuflassem no momento certo. Foi depois disto que a equipa iniciou o desenvolvimento do sistema com base no enchimento através de gás e pó, cuja conjugação resultava num enchimento mais fácil e rápido.
A busca pela segurança
O passo seguinte, que ocorreu sete anos após o início do projeto, era tornar os carros ainda mais fiáveis, através do funcionamento dos cintos de segurança.
De modo a tornar isto possível, a Honda recorreu aos peritos da NASA, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA, para estudar técnicas e protótipos relacionados com fiabilidade. No ano seguinte e com os conhecimentos obtidos na NASA a equipa Honda conseguiu assegurar a percentagem de fiabilidade que queria: 99,999%. Ainda insatisfeito, o então vice-presidente executivo da Honda, Tadashi Kume, exigiu o aumento da percentagem para 99,9999%. O que não parece muito, mas na verdade reduzia as probabilidades de 1 falha em cada 100 mil para 1 em cada 1 milhão.
Alcançar a percentagem desejada ainda demorou cerca de 3 anos e vários cenários foram testados. O feito registou-se e comprovou-se num teste em que foram usados 100 veículos, ficando isto para a história do airbag Honda. Cada carro tinha um dispositivo que media as alterações na resistência elétrica do sistema e cada peça tinha sido catalogada através de um código de barras permitindo identificar a peça instalada em cada carro. Passaram doze anos até que, em setembro de 1987, o mercado japonês recebeu o primeiro carro japonês com airbag: o Honda Legend.
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