Se fosse vivo, Ayrton Senna celebraria a 21 de março deste ano, o seu 61º aniversário. Falar de Senna é falar da Honda e do êxito deste magnífico piloto na Fórmula 1. Torna-se indispensável recuperar a memória daquele que foi considerado como o melhor piloto de F1 de todos os tempos.
Ayrton Senna: um talento precoce
De acordo com a família, Senna mostrou desde muito jovem a sua habilidade para conduzir. Aos sete anos, o futuro piloto estreou pela primeira vez o seu kart caseiro, feito pelo pai, equipado com motor extraído de veículos agrícolas.
Conseguiu atingir os 60 km/h, o que surpreendeu os parentes e vizinhos que testemunharam aquele momento histórico.
Depois da entrada na F1 e de ter passado por várias equipas, Senna entrou na equipa McLaren-Honda, em 1988 e pela Honda correria até 1993.
No dia 1 de maio do mesmo ano, a Honda conseguiu a lendária “dobradinha” no GP de San Marino de 1988, com as vitórias de Alain Prost e Ayrton Senna, que conquistaram o seu primeiro campeonato mundial a bordo do MP4-4.
Os dois pilotos foram os únicos que conseguiram chegar à linha da meta. No entanto, a história quis que lembrássemos esta data com um misto de admiração e tristeza: apenas seis anos depois, a 1 de maio de 1994, no mesmo circuito, Senna sofreu o acidente que lhe tirou a vida.
O mito de Ayrton Senna
O piloto brasileiro foi realmente excecional. Foi o mais jovem piloto a vencer três campeonatos do mundo e 41 Grandes Prémios.
Fez 161 corridas: em 65 partiu da pole position, quebrando todos os recordes. Passariam mais de 15 anos até alguém o ultrapassar neste sentido, só Michael Schumacher em 2006.
Conhecido pela sua condução rápida, perfeição técnica e estilo agressivo, a memória de Senna está ligada à de seu companheiro de equipa, o francês Alain Prost. Para muitos, a rivalidade Senna-Prost foi uma das mais intensas e emocionantes de toda a história da F1.
Hoje, Senna vive na memória dos profissionais e fãs da Fórmula 1 de todo o mundo, como um exemplo de disciplina e determinação, de coragem e motivação.
Era conhecido por usar palavras simples e diretas, aplicáveis a qualquer campo e a qualquer pessoa, e talvez por isso as legiões de fãs o acompanhassem na sua ascensão implacável.
O legado
A tragédia de sua morte, em 1994, obrigou o mundo da Fórmula 1 a rever e melhorar significativamente medidas de segurança. Uma missão liderada pelo médico de pista Sid Watkins, o mesmo que socorreu Senna no dia do acidente.
Atrás do incansável piloto, estava um jovem de 34 anos, totalmente dedicado à paixão da sua vida.
Sentia-se grato e em dívida com o mundo por ter chegado onde chegou. Antes de partir para a Europa em 1994, Senna partilhou com a irmã Viviane Senna o sonho de fazer algo pelo seu país.
Pouco tempo depois da sua morte, Viviane prestou-lhe a melhor homenagem de todas. A homenagem ao homem que tremia sob o capacete amarelo e verde: o Instituto Ayrton Senna, uma entidade que, desde então, destina todo o dinheiro da imagem do mítico piloto à melhoria da educação pública no Brasil.
Para que todas as crianças tenham a oportunidade de seguir sua vocação. Como ele fez, conquistando o mundo.
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