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Racing

Da casa do Tiago Monteiro para a sua

Tiago Monteiro

Falámos com o Tiago Monteiro para sabermos como tem encarado este período extra em casa e de que forma tem aproveitado o seu tempo. Tivemos oportunidade de conversar sobre as corridas de WTCR e o piloto ainda deixou algumas dicas para ocuparmos o nosso tempo em casa.

Como tem sido a quarentena? Como tens mantido a forma?

A quarentena tem passado relativamente rápido porque tenho estado muito ocupado. Entre a escola dos miúdos, tratar das coisas em casa, o trabalho em geral que nunca parou completamente, e-mails, a parte do management que implica falar com pilotos, pais, equipas, tratar das entrevistas e reuniões via Zoom que acabam por ocupar muito tempo, tenho andado com o tempo contado. Além disso, depois, com a chegada das corridas virtuais, também isso veio ocupar muito tempo.

É preciso treinar muito, passar muitas horas no simulador atrás do volante se queremos chegar a um nível decente.

Mas, para ser sincero, já me fartei um pouco e tenho passado cada vez menos tempo no simulador. No meio disto tudo, todos os dias tenho pelo menos uma hora de treino. Felizmente tenho um ginásio em casa e algum espaço e consigo manter a atividade desportiva dessa forma e cumprir com os meus planos de treino. Além disto, a parte nutricional também é fundamental e tenho conseguido controlar melhor essa parte. Estar em casa ajuda nesse aspeto, em comparação com comer nos restaurantes ou a comida má e rápida de aeroporto, etc.

Algumas dicas em particular para quem nos lê para lidar com este período complicado?

Realmente, o mais importante para mim tem sido manter uma rotina. Acordar cedo, tomar logo banho, vestir, fazer a rotina normal como se fosse trabalhar. Além disto, outro aspeto importante tem sido a capacidade de organizar e planear os meus dias. Tenho-o feito através de uma lista de tarefas e assuntos que me permite visualizar e priorizar as tarefas, evitando a dispersão e saltar de uma coisa para outra. Além da rotina, também aqui é importante o exercício e estes tempos acabam por ser uma oportunidade de poder treinar, mesmo que com algumas restrições.

Há planos de exercício que todos podemos fazer em casa e isso contribui para o bem-estar geral.

A isto tudo deve-se somar o “trabalho mental” e é fundamental que mantenhamos a atividade intelectual seja ler, a ver um filme, um documentário, coisas interessantes que ajudem a manter a atividade mental.

Tens aproveitado para por alguma série e/ou filmes em dia? O que recomendarias que víssemos neste período?

Uma das coisas que fiz foi desligar completamente das redes sociais. Só faço o mínimo necessário e não “perco tempo” a ver instagram ou facebook (ao facebook já não vou há anos) ou twitter. Não tenho visto nada do que se está a passar a esse nível há um mês e meio. Não sei se é bom ou não mas foi uma forma que eu tive de não perder tempo. Acho que é mesmo tempo perdido, uma pessoa quando abre o instagram passa no mínimo 20 minutos, meia hora, lá e, como consequência isso permitiu-me concentrar em coisas mais importantes.

Por outro lado, a minha ideia ao início, realmente, quando começou isto, era que sim, que ia ter tempo para ver os filmes e séries atrasados, arrumar a casa, a garagem e o escritório, mas a realidade é que não. É certo que tenho visto uma série ou outra, de vez em quando e principalmente quando me vou deitar. Acho que não passei nenhuma tarde ou nenhuma noite a ver séries como pensava que ia fazer, isto porque esta situação não são férias, eu pelo menos não consegui entrar no espírito de férias. Tenho tido mesmo muita coisa para tratar e não consegui desligar. Mesmo o que comecei a arrumar — a garagem e o escritório —, bem, estamos em quase dois meses e ainda não acabei e ainda está longe de acabar.

Tens tido tempo para ler alguma coisa? Que livros recomendarias? Quais foram os mais marcantes?

Ler é outro problema. Tenho imensos livros em atraso e achei que ia ter tempo para isso, mas também não. O último que acabei foi a biografia do Elon Musk e também li uma biografia do Warren Buffet. Gosto muito de biografias e de histórias reais e, por isso, tem sido por aí, mas desde que começou a pandemia não li nenhum livro. Li muitas entrevistas, coisas que tinha pendentes e em atraso, mas livros não.

Obviamente estamos todos cheios de saudades de corridas, alguma que recomendes que possamos ver online?

Eu tenho saudades de corridas, óbvio, mas, na verdade e para ser sincero, já vejo poucas corridas na televisão habitualmente. É mesmo raro e só mesmo uma ou outra mais importante, por isso, assim de cabeça, não tenho nenhuma para recomendar, mas a Eurosport está a transmitir os melhores momentos do ano passado do WTCR, aliás, os melhores momentos do WTCC e WTCR e acho que isso é um bom ponto de partida.

Por outro lado, e mais uma vez, há documentários incríveis para ver, tanto sobre Motorsport como sobre outros assuntos.

O documentário sobre os Chicago Bulls de Michael Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman — The Last Dance — é incrível e recomendo, e também o The Defiant Ones sobre a história do Dr. Dre e Jimmy lovine.

Temos visto que tens andado bem ocupado com os simuladores. Algum jogo em particular que tenhas gostado? E na consola? Costumas jogar alguma coisa ou tens algum género favorito de jogo?

É verdade. Como disse antes, tenho andado muito ocupado com os simuladores e, sim, ao início começou por ser divertimento. O António Félix da Costa motivou-me para entrar nisto e ajudou-me muito ao início e também houve muitos outros pilotos que me ajudaram, o que foi giro porque permitiu retomar alguns contactos com pilotos com quem já não falava há muito tempo. No entanto as coisas começaram a ficar mais sérias com imensas corridas a surgir e, sinceramente, não tenho tido muito tempo livre para evoluir, é mesmo preciso passar muito tempo no simulador para podermos chegar a bom nível. Na consola é possível jogar, comecei por aí, com a Playstation, mas, entretanto, passei para o PC e tenho um simulador mais a sério.

Em termos de jogos, o iRacing é aquele onde mais pilotos jogam mas eu tenho mais facilidade com o R Factor 2 e onde me tenho divertido mais é a participar numa corrida onde estão lendas do Motorsport como Emerson Fittipaldi, Gil de Ferran, Helio Castroneves, Max Papis, Jacques Villeneuve, Juan Pablo Montoya, Mika Salo, etc., estamos a falar de 20 e poucos pilotos incríveis e estou a adorar essa corrida.

É sempre com carros de Fórmula 1 clássicos, muito difíceis de guiar: escorregam muito, muita potência, sem controle de tração, sem nada. Tem sido difícil, mas tem sido super interessante. A minha melhor qualificação foi um quarto e raramente acabei corridas porque há muitas pancadas e toques, mas também isso acaba por ser divertido para quem está a ver. Estas corridas são todos os sábados e passam em 60 canais de televisão no mundo inteiro e em direto, obviamente, também, nas redes sociais e tem sido bastante interessante.

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